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sábado, 28 de maio de 2011

Violar a fé é pior do que estuprar uma filha?

O padre argentino Jorge Gómez, conhecido como Padre Pato, disse a uma emissora de rádio no dia 18 de janeiro de 2011 que a violação da fé é dez mil vezes pior que o estupro de uma filha.
A declaração teria sido dada na rádio para explicar o porquê de ter pagado mico quando interrompeu uma peça teatral de comédia do grupo Les Lutherieces chamada Educación Sexual Moderna no trecho do espetáculo em que um sacerdote se mostrava atormentado com o celibato. Em frente a 8.500 espectadores, o padre subiu no palco e pediu para que o ator pulasse aquela parte. Depois começou a soltar vários impropérios. “Somos todos católicos e eu sou padre, e não permitirei que sujem a minha castidade.” Houve alguns aplausos e várias vaias.
Para se explicar do vexame, o Padre Pato começou a dar entrevistas para as emissoras de rádio e televisão. Em entrevista ao Canal 7, ele disse: Sim, foi uma censura. Como todo padre, um tem que celebrar as coisas boas e censurar as coisas más de seus filhos.”
E em entrevista à Radio Nihuil, ele disse: “A violação da fé é pior que um delito (…) A violação da fé é dez mil vezes pior que a violação [estupro] de uma filha. (…) Além do mais, digo que os meios de comunicação não tem que dar o que essa gente pede, mas sim o que essa gente necessita. (…) Se vocês rirem da fé, esta sociedade está morta”.
A sociedade argentina reagiu muito mal às declarações do Padre Pato. Levou fumo até de alguns de seus colegas. O padre Vicente Reale disse que a declaração foi “lamentável, repugnante, desarticulada, paranoica e injusta”. Na imprensa, o Padre Pato virou motivo de piadas.
Pato disse que reconheceu que fez uma declaração infeliz, e que a imprensa tem tirado as declarações “fora do contexto”. Sei, sei…
Quando perguntado por um repórter se o que o grupo teatral fez era dez mil vezes pior que o estupro de uma criança, o padre teria respondido “Claro, claro, porque a fé é muito mais profundo.”
Padre Jorge "Pato" Gómez
 (Via Ateus do Brasil)


Peraí que eu preciso parar de rir. Rir pra não chorar. A matéria é tão autossuficiente que eu nem preciso comentar nada em cima. E viva a lavagem cerebral da ICAR.

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